REVOCADA ORDRE DE PRESÓ MILITANTS MST PERNAMBUCO
Sentir profundamente, qualquer injustiça cometida
contra qualquer pessoa em qualquer
parte do mundo, é a qualidade mais
bela de um ser humano.
Che Guevara
O Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem Terra, em Pernambuco, vem agradecer a solidariedade sentida e compartilhada diante do arbitrário pedido de prisão por parte do Poder Judiciário em sintonia com o latifúndio.
A solidariedade entre os que lutam, os que sonham, compõe um valor imprescindível. Tantos obstáculos, cercas, dificuldades, podem ser superados através de sua força.
No Brasil, para impedir o avanço da Reforma Agrária, unem-se ao latifúndio, o poder econômico, o judiciário, o monopólio de comunicação e os políticos a estes comprometidos. Enquanto na luta pela Reforma Agrária unem-se milhares de camponeses e camponesas Sem Terra, lutadoras e lutadores do povo, construindo suas forças organizativas.
Com um histórico de violência, de monocultura, de agressão ao meio ambiente, calcada numa exploração geradora de miséria, as usinas de cana-de-açúcar agem com o objetivo de criminalizar e assassinar os que questionam seus atos. Não detiveram a força demonstrada por todos e todas, as organizações, que reagindo de forma imediata a esta violação dos direitos, impediram a continuidade da repressiva ação desencadeada pela Usina Estreliana, articulada com o judiciário.
A luta pela desapropriação das terras da usina será intensificada. A mobilização dos trabalhadores e das trabalhadoras continuará até que as 150 famílias sejam assentadas definitivamente.
Reiteramos nosso compromisso com a luta dos povos. Colocando-nos em pronto para construir com a solidariedade.
MST Pernambuco
Direção Estadual
REFORMA AGRÁRIA: POR UM BRASIL SEM LATIFÚNDIO!
GLOBALIZEMOS A LUTA, GLOBALIZAMOS A ESPERANÇA
ARTICLE PUBLICAT EN UN DIARI DE RIO DE JANEIRO.
Tribuna da Imprensa, 09.02.2006 RJ
Juíza revoga prisão de líderes do MST em PE
Uma semana depois da decretação da prisão de cinco lideranças do Movimento dos Trabalhadores Rurais Sem-Terra (MST) em Pernambuco, a juíza Dulceana Maciel Oliveira, titular da comarca do município de Gameleira, revogou a ordem. A decisão anterior era do juiz substituto da cidade, Antônio Carlos dos Santos, e foi tomada a pedido do promotor substituto de Gameleira, Hipólito Guedes.
Com a medida, o agricultor José Bernardo de Sena, único dos cinco líderes que chegou a ser preso, foi liberado. Apesar da revogação, bastante comemorada pelo MST, os sem-terra não estão livres de responder pelas acusações de invasão de propriedade, incitação à desordem e formação de quadrilha. O processo continua e os indiciados terão que comparecer quando convocados.
A prisão havia sido determinada por causa de uma ocupação, em novembro do ano passado, nas terras do Engenho Pereira Grande, da Usina Estreliana. Na ocasião, os sem-terra atearam fogo em tratores, casas e destruíram parte da plantação de cana-de-açúcar. Além dos advogados do MST, o promotor titular da cidade, Waldir Mendonça, também solicitou a revogação.
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